O curioso caso da laje treliçada
Um dos casos que me intrigou por bastante tempo após a graduação foi a aparente impossibilidade de se usar lajes treliçadas em balanço. Desde moleque, sempre estive dentro de obra — e por mais estranho que possa parecer, as únicas lajes com as quais tive contato até entrar na faculdade foram as treliçadas. Por uma questão geográfica, econômica ou talvez até cultural, esse sempre foi o sistema hegemônico nas obras da região onde nasci. Mesmo depois de me mudar para um centro urbano com outros parâmetros, ainda era notável a dominância da treliçada sobre os demais sistemas. O que só tornou mais marcante a minha surpresa — ou melhor, meu espanto — ao ser informado por professores (e mais tarde por colegas) que esse sistema era... limitado. Tecnicamente limitado. A rotina da graduação exige tanto foco na sobrevivência que essa surpresa foi abafada e arquivada sem maiores questionamentos. Havia prazos, provas, normas. E, como t...